Belo Horizonte era uma jovem cidade de 31 anos quando um prefeito empreendedor resolveu reunir, num só local, os produtos destinados ao abastecimento dos seus 47.000 habitantes. Havia, nessa época, duas feiras: a feira da Praça da Estação e a feira da praça da atual rodoviária. Foi assim que o Mercado Central nasceu, em 07 de setembro de 1929. O prefeito Cristiano Machado reuniu os feirantes num terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, centralizando o abastecimento da cidade. As barracas de madeira se enfileiravam nos 14.000 m² do terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos. O Mercado, então denominado Mercado Municipal, com sua atividade intensa e movimento alegre, funcionou até 1964, quando o então prefeito Jorge Carone resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para impedir o fechamento do Mercado, os comerciantes do local se organizaram. Liderados pelo Dico, como era conhecido o Sr. Raimundo Pereira Lima, criaram cooperativa e compraram imóvel da Prefeitura. No entanto, uma dificuldade aparecia no caminho: teriam que construir um galpão coberto, na área total do terreno no prazo de cinco anos. Se não conseguissem, teriam que devolver a área à Prefeitura. A tarefa não foi fácil. A cada dia novas dificuldades impediam o início da construção. À quinze dias do fim do prazo dado pela prefeitura ainda faltava o fechamento. Foi então que os Irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, fundadores do Banco Mercantil do Brasil, decidiram acreditar no empreendimento e investiram no projeto financiando a construção, confiados no valor do Mercado para a cidade e na amizade do administrador, Sr. Olímpio Marteleto. Foram contratadas quatro construtoras, ficando cada uma responsável por uma lateral, para que o galpão pudesse ser fechado no prazo estabelecido. Ao fim de quinze dias, os 14.000 m² de terreno estavam totalmente fechados. Os associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço recompensado.
Decidiram-se, desde cedo, por um meio democrático de escolha de seu administrador, elegendo, a cada quatro anos, 31 conselheiros e escolhendo, entre eles, um diretor - presidente, um diretor financeiro e um diretor-secretário. Assim, bem organizado e com participação ativa dos comerciantes, o Mercado, a cada dia, ampliava suas atividades, expandia seus negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato e de comidas típicas, tornando-se um ponto turístico da capital.
O Mercado Central orgulha-se de ser considerado um dos pontos turísticos mais lembrados da capital mineira. Sua tradição no comércio de mercadorias de melhor qualidade e diferenciadas faz com que clientes de todas as partes de MInas Gerais e do mundo venham até nós para realizarem suas compras.
Possuimos um posto de informações turísticas, em parceria com a Belotur, com guias bilíngues capazes de atender com presteza e cordialidade turistas vindos das mais diversas partes do mundo.
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